segunda-feira, 25 de julho de 2016

Educar para preservar


Precisamos avançar muito no que diz respeito à preservação do meio ambiente. Caminhamos a passos lentos ainda. A cada desastre ambiental que assistimos, regredimos em recursos naturais e caminhamos rumo à escassez de muitos deles. Contudo, a sociedade parece não aprender. A cada resposta que a “mãe natureza” dá, a humanidade permanece com os mesmos hábitos em relação ao meio ambiente: desinteresse e irresponsabilidade.

Quem se lembra da “crise do apagão” em 2001? O Governo e todo o País só tomaram consciência do quanto era importante economizar energia quando a situação já estava mais do que grave. Pensávamos que, a partir dali, as coisas mudariam, pois também houve perdas na economia brasileira e todos nós fomos atingidos. No entanto, serviu apenas para resolver o problema à época, com pouca conscientização e muito esquecimento.

Novamente, desde o último ano, passamos por outro sério problema de falta de recursos. A crise da falta de água está sendo marcada por racionamentos, campanhas e multas. Houve uma grande mobilização dos meios de comunicação para que a população mudasse hábitos. Contudo, bastou apenas ocorrer o primeiro período chuvoso para que as pessoas retornassem aos seus velhos costumes.

A educação ambiental deve ir além dos períodos de “crise”, transpor os muros dos prédios públicos, das faculdades e ganhar as ruas. Deveria começar a ser ensinada já no ensino fundamental, como matéria específica. Nossas crianças deveriam sair das escolas especialistas em preservação do meio ambiente, de recursos naturais e da fauna. Pois serão elas que arcarão com as consequências do que hoje é praticado, da mesma forma que serão as que poderão modificar este cenário.

As verdadeiras transformações não vêm apenas de políticas públicas e Governos, mas sim das nossas atitudes cotidianas. De gestos simples que, apesar de parecerem pequenos, fazem a diferença no final. Devemos optar por ações que visem à sustentabilidade em todos os momentos. Uma torneira fechada, um lixo no lugar certo, uma lâmpada apagada contribuem sobremaneira no resultado somado e final!

Agir com sustentabilidade é, portanto, pensar no cuidado do espaço que nos cerca e da vida de todas as formas, tendo a ver com valores importantes do nosso dia a dia. A verdade é que nossa natureza já não suporta tantas agressões ilógicas por avanços tão pequenos.  Pensando em tudo isso, foi que criamos o Junho Verde, por meio de projeto de lei na Câmara Municipal. Com objetivo levar à sociedade ações sustentáveis com campanhas educativas que possam contribuir para um futuro melhor para nós e para as próximas gerações. Precisamos de políticas, de mobilização e, mais do que tudo, de educação ambiental e conscientização para atitudes sustentáveis.

Mais do que uma marca, o Junho Verde é uma oportunidade de refletir, de conscientizar, de mudar nosso pensamento e, assim, mudar a nossa cidade para melhor. Este será o primeiro ano da campanha, que será anual e em todos os meses de junho, como maneira de lembrar a população sobre o uso que fazemos dos recursos naturais hoje para que não nos faltem amanhã, para nós e nossos filhos.

Michele Bretas


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